Flash
(i)
1965, 20 anos, Luanda, Angola, ainda território português
Uma "galinha ao piri-piri", prato simples, em restaurante idem, marcou aquela primeira viagem pelo mundo. A descoberta de um novo sabor.
(ii)
1968, 23 anos, Tokyo, Los Angeles, Colombo ou Lourenço Marques (hoje, Maputo)
1968, 23 anos, Tokyo, Los Angeles, Colombo ou Lourenço Marques (hoje, Maputo)
Um inesquecível hamburguer, o sushi surpreendente, a cor e o sabor do curry, o branco Casal Garcia acompanhando o bacalhau da (ainda) metrópole seriam marcas deixadas na lembrança de lugares visitados.
Calça Lee ou Lewis, presentes valiosos e disputados.
Um Channel 5 que fazia a diferença numa noite de sexo.
(iii)
1973, 28 anos, a bordo de um 707 da Varig, rumo a Londres
O Chateneuf-du-Pappe criando expectativas para novos momentos de descobertas que viriam a seguir.
(iv)
Corta e salta
(v)
2006, 61 anos, San Pedro de Atacama ou qualquer outro lugar
O fundo musical é com Caetano, Gal ou Rod Stewart, o hamburguer ou o sushi estão à espera na porta ao lado. Os vinhos são os mesmos, nossos vizinhos da delicatessen da esquina. Sobre a mesa do restaurante uma lata de azeite de oliva misturado com o de soja, "hecho en Brasil" (porque brasileiro adora estragar qualidade ?). A pizza é napolitana; a cerveja, da Brahma ou Heineken, não importa. A salada, para acompanhar, é a Caesar. A caipiroska disputa lugar no cardápio com um pisco acanhado.
O Channel, made in Paraguai ou Paris, não desperta mais cobiças.
Já não se encontram novidades.
Nós, estrangeiros, lotando ruas, hotéis e restaurantes não buscamos aquelas lembranças de antigamente. Já não há o que buscar ...
A globalização matou o tesão e só nos restou a Natureza.
Ou seria problema da idade ?
(iii)
1973, 28 anos, a bordo de um 707 da Varig, rumo a Londres
O Chateneuf-du-Pappe criando expectativas para novos momentos de descobertas que viriam a seguir.
(iv)
Corta e salta
(v)
2006, 61 anos, San Pedro de Atacama ou qualquer outro lugar
O fundo musical é com Caetano, Gal ou Rod Stewart, o hamburguer ou o sushi estão à espera na porta ao lado. Os vinhos são os mesmos, nossos vizinhos da delicatessen da esquina. Sobre a mesa do restaurante uma lata de azeite de oliva misturado com o de soja, "hecho en Brasil" (porque brasileiro adora estragar qualidade ?). A pizza é napolitana; a cerveja, da Brahma ou Heineken, não importa. A salada, para acompanhar, é a Caesar. A caipiroska disputa lugar no cardápio com um pisco acanhado.
O Channel, made in Paraguai ou Paris, não desperta mais cobiças.
Já não se encontram novidades.
Nós, estrangeiros, lotando ruas, hotéis e restaurantes não buscamos aquelas lembranças de antigamente. Já não há o que buscar ...
A globalização matou o tesão e só nos restou a Natureza.
Ou seria problema da idade ?
0 Comments:
Post a Comment
<< Home